quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Infinitude











Enquanto vivos desprezamos a experiência do amor.
E os Deuses, por vingança ou compaixão,
haverão de nos unir com o que restou de nós.
Sem impor alguma resistência,
eu feita pó, deixarei impregnar-me
pelo cimento dos teus escombros.

E como uma partícula ínfima e coesa,
vagaremos perdidos em uma poeira cósmica,
pelo universo egoísta daquilo que somos.

Mergulharemos no mundo minúsculo
das nossas entranhas ao mesmo tempo
em que assistiremos o despertar de planetas
e o desaparecimento de estrelas.

E assim seguiremos numa jornada
sem tempo ou espaço,
até que a luz divina do Big Bang,
nos ilumine em direção à alteridade .

Enfim humanizados, eu feita flor,
deixarei regar-me pelas gotas
delicadas do teu amor.

Eternamente.

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