segunda-feira, 8 de março de 2010

Há o que se comemorar 8 de março?


Alguns argumentam que comemorar o Dia Internacional da Mulher é estar na contra-mão da história. Não penso assim. Comemorar é fazer memória. A incoerência está na forma de celebração com viés mercantilista, quando os festejos agem de modo inverso, aniquilando com a memória.

A luta das mulheres é árdua em um mundo ainda muito machista, apesar de alguns avanços.O machismo ainda é forte em vários setores da sociedade brasileira, inclusive no meio universitário, principalmente entre aqueles que são exemplos para seus alunos.

O machismo entre os professores é especial porque está disfarçado e diluído em discursos e textos acadêmicos. Tenho vários exemplos deste tipo de comportamento: alguns colegas brilhantes, pesquisadores sobre gênero e outros participantes de manifestações públicas sobre violência contra a mulher, também engrossam as estatísticas daqueles que espancam e/ou maltratam física e psicologicamente suas companheiras e/ou filhas.

Comemorar é lembrar sempre e vencer o esquecimento. Não esquecer daquelas mulheres que pereceram para que direitos fossem conquistados, e lembrar que há ainda muito a conquistar.
Vamos à luta
Neida

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